Os jardins de Versailles
Outro dia, saiu da minha boca uma
frase que eu ainda não tinha dito, mas creio ter encaixado super bem no que eu
queria dizer: “Paris é que nem armário, nunca é suficiente”.
Não é verdade? Me diga, quanto de
armário é suficiente? Ou seja, por mais tempo que você tenha em Paris, nunca
será suficiente para ver tudo. Então, relaxe! Não dê bola para aquelas pessoas
que costumam dizer: “ah, não foi ver ...tal coisa...ah, então não viu
Paris...!!!”. Coisa de gente chata!
Os passeios por aqui são
infinitos. Cada um tem seu encanto. Cada um de acordo com o seu orçamento ou
seu sonho...O duro é que, às vezes, o sonho não cabe no orçamento! Mas, não se deixe intimidar, dê asas aos seus desejos e coloque um bom sapato para ver tudo o que
o seu coração mandar.
O Castelo de Versailles é uma dessas coisas do
coração.
É imponente, majestoso,
magnífico!
Sim, exuberante! Mas depende
muito do tempo que você dispõe em Paris e do quanto você deseja conhecê-lo.
Dizer que é imperdível? Volto a
dizer, depende do seu coração.
Já fomos ao Château algumas
várias vezes. Inclusive com as crianças pequenas...tarefa árdua para os
filhotes! Sobrevivemos com louvor!
Voltamos no domingo passado. Estava
lotado!
Queríamos fazer um passeio. Uma
caminhada nos jardins.
O acesso é fácil. Pegamos o RER C
na Pont Garigliano e 6 estações depois, mais ou menos meia hora, chegamos a
Versailles.
Da estação de metro até o
Castelo, conte bem uns 10 minutos a pé. No caminho, já compramos o ticket de
entrada para os jardins, 10 Euros. Compramos num “Office de Tourisme”, onde cobram
1 Euro a mais. Não sabíamos como iam estar as filas e achamos por bem garantir
os bilhetes.
As atendentes nos informaram que tínhamos que nos apressar para ver o famoso espetáculo “Les Grandes Eaux Musicales”, que seria às 17h20 no “Bassin de Neptune”.
Entramos por volta das 16h30. No
portão, uma fila de segurança para verificar as bolsas. Pequena. Acredito que
mais cedo tivesse sido maior. Foi tranquilo.
Por outro lado, ficamos
impressionados com a fila para entrar no Castelo. Tem que ter muita vontade de
conhece-lo e/ou ser muito jovem para ficar mais de uma hora em pé...esperando!
Felizmente, não tínhamos nos programado para entrar.
Prefiro voltar lá no inverno, quando
diminui o número de turistas (será que algum dia tem menos turista nesta
terra?). Durante a semana também deve estar mais vazio, ou melhor, menos cheio.
Entramos nos jardins. A visão
majestosa do castelo é realmente impressionante. Aliás, esta é uma sensação que
os monumentos aqui em Paris me passam. Por mais que eu os conheça, por mais
que eu os tenha visto, não deixo de me encantar.
Os jardins estavam lindos. Seus
labirintos cuidadosamente preparados. Os pequenos recantos, como o Bosquet de la
Girandole, são lindos e românticos. Fico sempre imaginando como viviam as
rainhas e princesas que passaram por aqui.
Bom, nos dirigimos rapidamente
para o “Bassin de Neptune” para não perdermos o imperdível! A caminhada foi
longa, já chegamos cansados e sentamos na grama, como todos que estavam ali
esperando o espetáculo. Foi chegando mais gente e mais gente. Acho que tinha
quase mil pessoas por lá.
Começou o espetáculo....Sabe
aquela sensação de quando a gente está vendo um filme e fica esperando alguma
coisa acontecer....foi assim! Começou e acabou sem mudar o ritmo. Sem alternar nem
a altura/os esguichos das águas. Com música, sim, mas, sei lá, eu esperava
alguma coisa diferente...Acho que é uma certa visão “Disney” de diversão.
Na verdade, até comentei que a
Disney ali tinha muito o que ensinar. No entanto, acho que eles nem
precisam...já lota de gente sem as luzes e cores do padrão americano!
Andamos até o Grand Trianon,
Petit Trianon. Foram uns 20 minutos de caminhada até lá e não tínhamos os
ingressos que dariam direito à entrada nos jardins. E mesmo se os tivéssemos,
não daria mais tempo, já estavam fechados.
Foi pena, queria ver os recantos
onde Maria Antonieta recebia seus amantes. Ali, a festa era grande!
Volto lá!
Bom, compramos uma água e pegamos o caminho de volta.
Fomos voltando a pé para o
Castelo. A caminhada é uma delícia. Um bosque!
Se você cansar, tem um trenzinho
que te leva de volta. Mas não era o nosso caso!
Muita gente de bicicleta! É uma
boa!
Chegamos ao “Grand Canal”. Estava
uma festa. Muita gente nos barquinhos e nos bares. O tempo estava ótimo, propício a esse tipo de programa, nem muito quente, nem muito frio.
E tem muita coisa pra ver. Se quiser ir além dos jardins perfeitos e cheios de história, entre no Castelo. Veja o esplendor da famosa “Galeries de Glaces”, que é muito mais do que uma galeria de espelhos!
No mapa tem até sugestões de
caminhada, tanto de manhã, quanto de tarde. Programão!
No site tem todas as informações
necessárias e tem também um pouco da história do Château, o que deixa tudo
muito mais interessante.
Aliás, um dos encantos da cidade de Paris é justamente “fazer os passos da história”. Muito bacana!
Aliás, um dos encantos da cidade de Paris é justamente “fazer os passos da história”. Muito bacana!
Fica a dica:
Nossa! Voltei no tempo! Fiz esse passeio com a Luísa qdo ela tinha 15 anos. A minha opinião sobre o espetáculo de Netuno é a mesma que a sua. E também não consegui visitar o Petit Trianon. O tempo foi curto. Delícia ler o seu texto Gi e reviver o que estava quase perdido na memória. Obrigada.
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