Três curiosos em Paris – Vincennes, restaurantes e gargalhadas.
As estórias de cavaleiros e
princesas estão sempre presentes na infância. Vincennes é um ótimo castelo para
se conhecer. É de fácil acesso e não é lotado!
Fomos lá, inclusive, por motivos
sentimentais. Moramos lá, digo no bairro, quando nossa filha mais velha, mãe
dos nossos três curiosos, nasceu. É um local que nos traz excelentes e saudosas
recordações.
Queríamos levar os meninos a um
Castelo. Lá é ótimo. Não tem fila e só precisa pagar quem quiser visitar o
castelo por dentro. Ficamos só no pátio mesmo. Tem torre, ponte levadiça e
fosso. Ou seja, tudo o que um castelo das estórias de contos de fada tem. O
pátio é grande e as crianças puderam correr à vontade e gastar energia!
Claro que as mentes curiosas das
crianças nos enchem de perguntas. Nem sempre sabemos as respostas. Para não
ficar inventando qualquer coisa, é bom dar uma olhada no site do castelo para
tentar responder o mínimo, pois cabeça de criança viaja mais do que quem tem
milhas sobrando!
O acesso é bem fácil, ou pelo RER
A, ou pela linha 1 do Metrô.
Vincennes, aliás, é um bairro
delicioso, calmo, acolhedor, cheio de lojinhas e restaurantes. Quando fomos,
por ser época de férias parisienses, muita coisa estava fechada.
Vale ir no
Bois de Vincennes, que é uma ótima opção de passeio para as crianças e também no
Zoológico de Vincennes.
Mas, depois do Castelo, o cansaço tomou conta de todos
e não conseguimos seguir adiante.
As crianças não recusaram um bom prato de
batatas fritas com suco de laranja (e pode pedir suco "pressé", que é o tirado na hora). Nós quatro saboreamos um delicioso
Bourgogne Aligoté, com hamburquer vegetariano, salada, e entrecôte. Não é raro
encontrar opção vegetariana nos bistrots.
Não é nenhum problema ir com
crianças em restaurantes aqui em Paris, ao contrário do que dizem alguns. Procure sempre
restaurantes maiores e, de preferência, que tenham menu infantil no cardápio.
O
garçom, certamente, já vai indicar um lugar mais afastado da grande circulação.
Tente colocar o carrinho num local que não atrapalhe a passagem.
É verdade que
não vemos tantas carinhas curiosas nos restaurantes, em geral, por aqui. Também
não ouvimos choro de crianças, nem correria entre as mesas. De qualquer
maneira, não tivemos nenhum aborrecimento. Todos foram acolhedores e
simpáticos. Inclusive no dia em que a Sofia levou um tombão da cadeira,
trouxeram gelo e se mostraram solidários e preocupados. Caso não tenha um menu
infantil, sempre existe um prato de carne com batatas fritas, uma omelete...ou
mesmo um hambúrguer. Enfim, os restaurantes em Paris aceitam crianças sim!
Existem algumas opções mais direcionadas
para os pequenos, como, por exemplo, o Hyppopotamus, que tem bons menus para as
crianças e tem por Paris inteira. Mas nós preferimos mesmo arriscar os bistrots
e as brasseries.
Outra tensão é dentro do ônibus
ou metrô. Aqui na França as crianças não choram, nem falam alto em lugares
públicos. É impressionante! Acho que vale a pena ler o livro - “Crianças
francesas não fazem manha”, da Pamela Drukerman- para saber qual é o segredo.
Eu não sei qual é a fórmula, porque não li o livro. Eu só sei que é raro ver
uma criança francesa chorando nos lugares públicos. Não correm, não disparam na
frente, não esperneiam querendo alguma coisa. Que mistério é esse? Não sei. As
nossas, (digo, nossos netos) claro, falavam alto, gargalhavam e às vezes choravam, (não esperneavam querendo alguma
coisa, porque são muito bem-educados). Adoravam ficar trocando de lugar nos ônibus, metrôs e trem..sempre dava uma certa tensão. Em todo caso, não
tivemos problema, ou reclamação, ou cara feia. Se teve, não vi.
Claro, que é sempre bom dar uma
recomendada antes de sair de casa...
Fica a dica!
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