De novo em Lisboa
Fomos de novo a Lisboa. Uma delícia de cidade. Principalmente quando estamos com saudades do
Brasil. A cada ladeira, uma lembrança de Salvador ou do centro do Rio de
Janeiro, como as ruas da Cidade Baixa.
Pois é, desta vez eu me deixei levar pelas iguarias portuguesas. Andando pela cidade, subindo e descendo suas ladeiras, comi bolinho de bacalhau com vinho madeira na “Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau”. Pedi recheado com queijo serra da estrela. Uma delícia!
Uma das melhores coisas para se fazer em Lisboa é andar pela cidade. No entanto, cuidado com as “pedras portuguesas”. A gente tropeça, ou, então, escorrega! Por isso, salto nem pensar! Fica a dica!
O povo português também é muito
receptivo. Parece brasileiro. Alguns os acham grosseiros. Eu não acho. Comigo são sempre muito simpáticos, sorridentes, conversadores, ótimos anfitriões. Vendo os portugueses, estando com eles, a gente entende muito mais nós, brasileiros.
Fomos de avião, “low cost” –
TRANSAVIA. Não conhecia esta companhia, mas foi tudo muito bom. Ficamos no Sana Capitol Hotel. Um correto "3 estrelas". Só não foi melhor, porque na frente dele, tinha o Sana Lisboa, "5 estrelas". Ou seja, toda vez que eu entrava no nosso, eu ficava de olho pendurado nas estrelas do da frente. Mas, tudo bem. O hotel fica próximo
à praça Marquês de Pombal, onde tem um vasto acesso às linhas de Metrô e de
ônibus. Aliás, o transporte é fácil e barato. Metrô e ônibus para todos os lados. O táxi também é sempre uma opção. Ou então, andar a pé. Em 20 minutos, pela Av. Liberdade, a gente chegava no Rossio, por exemplo.
Para quem é fã do Camilo Castelo Branco, como eu, o hotel fica bem
pertinho da sua estátua, por onde passávamos todos os dias.
Logo no primeiro dia, chegamos
com fome e fomos, a pé, até o Rossio. Pensávamos em ir ao Solar dos Presuntos,
restaurante já conhecido, mas vimos um ao lado bem simpático e decidimos
tentar.
Eu pedi um bacalhau, lógico. Ivan pediu um polvo a lagareiro. Numa mesa
do lado, sentaram 3 gaúchos. Pela intimidade, velhos "habitués". Disse o garçom, também brasileiro, que eram três
estudantes de doutorado. Pediram picanha e salada. Ao verem o meu bacalhau,
disseram “hoje vamos dividir um bacalhau também”! Só mesmo em Portugal para os clientes se sentirem assim à vontade!
Logo acima do bar, entre uma garfada e outra, vejo escrito: “tempero gaúcho”. O dono do restaurante também era brasileiro. E gaúcho saudosista. Ou seja, devíamos, então, ter pedido picanha!
Logo acima do bar, entre uma garfada e outra, vejo escrito: “tempero gaúcho”. O dono do restaurante também era brasileiro. E gaúcho saudosista. Ou seja, devíamos, então, ter pedido picanha!
A comida pesou e não estava lá grande coisa. Aliás, a comida
portuguesa é muito boa e farta. Mas pode ser pesada. Temos que ter muito
cuidado.
Acho que, por exemplo, deve-se
fugir dos restaurantes da cidade baixa, das ruas de pedestres. Ali, eles ficam
puxando a gente para entrar nos restaurantes. Chega a ser constrangedor! Eles
colocam os menus nas portas com as fotos dos pratos e saem tentando nos
convencer a entrar de qualquer maneira. Numa noite dessas, como estávamos já
cansados, decidimos entrar num pequeno, bonitinho e cheio de gente. Não foi grande coisa! Felizmente, eu só pedi uma tábua de frios com um cálice de
vinho. A sopa do Ivan estava fria! Imagina!
Ou seja, fujam dos restaurantes
“pega turista”!
Por outro lado, posso recomendar
dois restaurantes que fomos desta vez que são muito bons.
O Sacramento, onde fomos jantar a
convite de um amigo, o Professor Sampaio da Nóvoa. Recomendo especialmente o
Bacalhau a Sacramento, com broa e grelos. Uma delícia! O melhor da temporada! O restaurante fica no Chiado
antigo, Calçada Sacramento, num prédio que foi o Palácio Valadares. Nossa mesa era num ambiente bem bacana, entre arcos e abóbodas.
Antes, dê uma passada pelo elevador Santa Justa. A vista lá de cima é linda!
Antes, dê uma passada pelo elevador Santa Justa. A vista lá de cima é linda!
O outro é o Bairro do Avillez. Já
tinham me recomendado o Cantinho do Avillez, na LX FActory. Mas, como era de
noite, e já estávamos por ali, decidimos tentar o Bairro. Doce ilusão. Lotado!
Como é novo e está na moda, nem tente ir sem reservar. Ou então, vá na hora do
almoço.
Foi o que fizemos no dia seguinte e gostamos bastante. Vários ambientes, vários tipos de comida. Eu, mais uma vez, comi uma tábua de queijos e azeitonas. Queijo de Évora, seco e curtido. Bem gostoso!
Outro passeio que fizemos e que ainda não conhecíamos foi ir até a Doca Santo Amaro. Tinha visto em algum blog uma dica de restaurante – O Doca do Peixe. A comida estava gostosa, a vista é linda, o vinho estava delicioso, mas o lugar estava bem vazio. O restaurante mais cheio era o nosso, com umas quatro mesas ocupadas. Talvez porque fosse inverno e estava fazendo um frio fora dos padrões portugueses. É um bom programa. A ponte 25 de abril, que fica logo acima do restaurante, é uma obra incrível, imensa, chegando a ser assustadora.
Foi o que fizemos no dia seguinte e gostamos bastante. Vários ambientes, vários tipos de comida. Eu, mais uma vez, comi uma tábua de queijos e azeitonas. Queijo de Évora, seco e curtido. Bem gostoso!
Outro passeio que fizemos e que ainda não conhecíamos foi ir até a Doca Santo Amaro. Tinha visto em algum blog uma dica de restaurante – O Doca do Peixe. A comida estava gostosa, a vista é linda, o vinho estava delicioso, mas o lugar estava bem vazio. O restaurante mais cheio era o nosso, com umas quatro mesas ocupadas. Talvez porque fosse inverno e estava fazendo um frio fora dos padrões portugueses. É um bom programa. A ponte 25 de abril, que fica logo acima do restaurante, é uma obra incrível, imensa, chegando a ser assustadora.
Ah, já ia me esquecendo. Logo no
primeiro dia, à noite, fomos ao Mercado da Ribeira. Bem bacana. Aí sim, muita
gente, muitos jovens, muitos turistas. Foi uma longa caminhada até lá. Comi uns
croquetes de carne e de queijo, da Croqueteria, e também uns bolinhos de
bacalhau. Vários bares, vinho gostoso, cerveja, e vários tipos de comida. Tem para todo o gosto. Vale o passeio!
Fiquei com vontade de testar outros tantos restaurantes e bares. Vi que tem muito lugar só para se sentar, pedir uma tábua de frios e queijos e experimentar os bons vinhos portugueses. Passamos por um, no Chiado - Why Not. Adorei a história de como nasceu o lugar, com o provérbio: "quem tem bons vinhos, tem bons amigos". Desta vez não deu tempo. Na próxima, não deixo de ir.
Bom, como nem só de barriga vive
o homem, fomos ao Museu de Arte Popular de Lisboa ver uma exposição do Escher.
Adorei! Quem for a Lisboa até o dia 27 de maio, deve ir ver. São
muitas gravuras, talvez as mais importantes do conjunto das suas obras. Uma ótima oportunidade
para conhecer um pouco deste grande artista.
Claro que antes de entrarmos na
exposição, fomos comer um pastel de Belém original na “Pastéis de Belém”. É
engraçado que a fama é grande, mas tem pastel de Belém por toda a cidade. Este
parece um pouco mais fresquinho do que os outros, mas são todos uma delícia!
Fica, claro, no bairro Belém. Com
uma ida por lá, você já tica o Mosteiro dos Jerônimos (um passeio que vale
super a pena), o Monumento Padrão dos Descobrimentos e dando uma caminhada a mais,
chega-se na Torre de Belém. Passeio
obrigatório. Ir da Praça Marquês de Pombal até lá é fácil Se não estou
enganada, o ônibus é o 727.
Pois é, desta vez eu me deixei levar pelas iguarias portuguesas. Andando pela cidade, subindo e descendo suas ladeiras, comi bolinho de bacalhau com vinho madeira na “Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau”. Pedi recheado com queijo serra da estrela. Uma delícia!
Outra iguaria local que me pegou foram os
doces de ovos. Na rua Garret – Pastelaria Alcôa. Uma variedade incrível de
docinhos que ficou difícil escolher. Decidi pelo “Mimos de Freira” e fui
ladeira abaixo saboreando. Não é bem o tipo de coisa que costumo fazer, mas,
confesso, não resisti!
Outro dia, dispensamos o café da
manhã do hotel e fomos a uma “pastelaria” tipicamente portuguesa. Ou seria
tipicamente brasileira? Tudo muito parecido com o Brasil. Doces bem recheados, suspiros, sonhos! As mesinhas, o
garçom, os vários empregados parados atrás do balcão e por aí vai. Ambiente de padaria do Rio de Janeiro. Pedi um sanduíche
com café “carioca". Me senti na “Rio -Lisboa”.
Outra boa coisa de Lisboa são as
livrarias. Desta vez, entramos na Bertrand, também na rua Garret. Uma bela
coleção. Muitos livros brasileiros, como, por exemplo, o último da Fernanda
Torres, Glória. Saímos com um livro de Fernando Pessoa debaixo do braço e outro do Mia Couto.
Antes, passamos pela loja da Vista Allegre e fizemos umas comprinhas porque ninguém é de ferro.
Uma das melhores coisas para se fazer em Lisboa é andar pela cidade. No entanto, cuidado com as “pedras portuguesas”. A gente tropeça, ou, então, escorrega! Por isso, salto nem pensar! Fica a dica!
Desta vez não fomos assistir ao Fado. Adoro! Um final de semana é pouco para Lisboa. E a gente quer fazer tudo com calma, sem correria. Então...não deu! Também fica para a próxima.
No último dia, fomos ver um lindo
por do sol na praça do Comércio. Os barzinhos estavam cheios e animados.
Sentamos na beira do Rio Tejo e ficamos observando o sol se por e as gaivotas
voando.
Quase uma poesia.
Lisboa é assim: acolhedora, animada, romântica. Vale a pena.
Fica a dica!
Que passeio delicioso!
ResponderExcluirNão conheço Lisboa. Agora, depois dessa leitura, deu vontade de bater perna por aí pra curtir, como vc mesmomescreveu, essa cidade acolhedora, animada e romântica. Bjs pra vcs. 😘