De volta a Berlim
Há mais de 30 anos, quando ainda existia o muro, fomos a Berlim. Ultrapassamos a barreira curiosos com a parte oriental. Logo encontramos dois berlinenses dispostos a nos falar sobre a cidade. Eles nos levaram para uma visita à cidade e depois a um restaurante. Infelizmente, não me lembro do menu (naquela época eu era bem menos gourmet). Um deles, lembro-me bem do seu nome, o Mathias, era colecionador de selos. Prometi que o escreveria quando voltasse ao Brasil para que ele, assim, tivesse acesso aos selos brasileiros. Por um tempo até que trocamos correspondências, mas com o passar dos anos, perdemos o contato. Quando contamos essa história para amigos alemães, eles foram taxativos: “eram agentes”. Bom, adoro um filme de espionagem....mas eles não me pareciam agentes. Devo ter foto deles em algum lugar. Vou até ver de novo!
O que vi foi que o muro caiu, mas
continua sendo a grande vedete.
Em vários pontos da cidade
encontramos pedaços do que foi o muro e o seu traçado faz parte do mapa. Nas lojas de souvenires, principalmente
as que estão ao lado do Checkpoint Charlie, que foi um dos pontos da fronteira,
controlado pelos americanos, vendem pedaços do muro de todos os jeitos como
verdadeiras relíquias.
Gostei mais do Memorial do Muro que é um dos lugares mais importantes para se ter ideia do que foi a sua construção, separando famílias, amigos, assim como do desespero das pessoas que tentavam alcançar o outro lado. Além de partes restantes do muro e de vigas de ferro que o sustentavam, o memorial também expõe um grande painel com as fotos das 136 pessoas que foram mortas ao tentar atravessá-lo. Um lugar histórico, de recolhimento, e que nos emociona.
Berlim ainda é uma metrópole de duas caras! A parte turística é linda, especialmente a ilha dos museus. Quase todos os monumentos turísticos ficam na Berlim (ex) oriental. Indo mais para o lado ex-oriental, em bairros mais residenciais, ainda percebemos algumas diferenças...

Fomos a dois museus especialmente fantásticos que recomendo: O Pergamon e o Altes. No Pergamon podemos ver, entre outras obras, o Portal da Entrada da cidade de Babilônia, uma linda construção em tons de azuis com gravuras incrustadas. E ainda podemos nos encantar com a entrada do Mercado de Mileto e as esculturas de Adriano e Trajano. Duas grandes obras fantásticas que merecem demais a visita.
Gostei mais do Memorial do Muro que é um dos lugares mais importantes para se ter ideia do que foi a sua construção, separando famílias, amigos, assim como do desespero das pessoas que tentavam alcançar o outro lado. Além de partes restantes do muro e de vigas de ferro que o sustentavam, o memorial também expõe um grande painel com as fotos das 136 pessoas que foram mortas ao tentar atravessá-lo. Um lugar histórico, de recolhimento, e que nos emociona.
Berlim ainda é uma metrópole de duas caras! A parte turística é linda, especialmente a ilha dos museus. Quase todos os monumentos turísticos ficam na Berlim (ex) oriental. Indo mais para o lado ex-oriental, em bairros mais residenciais, ainda percebemos algumas diferenças...
Fomos a dois museus especialmente fantásticos que recomendo: O Pergamon e o Altes. No Pergamon podemos ver, entre outras obras, o Portal da Entrada da cidade de Babilônia, uma linda construção em tons de azuis com gravuras incrustadas. E ainda podemos nos encantar com a entrada do Mercado de Mileto e as esculturas de Adriano e Trajano. Duas grandes obras fantásticas que merecem demais a visita.
Fomos ver a escultura da Cleópatra no Altes Museu que, segundo um documentário que vimos na TV francesa, é a única original que existe no mundo. E, de quebra, vimos a de Júlio César. Esperava mais da figura da Cleópatra. Mas foi muito bom ter visto.
Fomos também à linda Catedral de
Berlim. Subimos na sua cúpula, de onde se tem uma bela vista da cidade. Foram 132
degraus que nos deixaram exaustos.
Também revimos a Igreja Kaiser Wilhelm
e o seu memorial. Ela foi mantida do jeito que ficou após ser quase totalmente
destruída durante a guerra. Vale a visita. Outro monumento impactante é o
Portão de Brandemburgo, que todos conhecem como um cartão postal de Berlim.
A comida alemã não é nada leve.
As opções, para mim, que não gosto e nem posso com gordura, não são muitas. O
salsichão com fritas a gente vê por toda a cidade, o famoso Currywurst. É uma
delícia, mas um tanto quanto forte e pesado. Comi tanto que passei mal.
A cerveja de Berlim é meio amarga. Se preferir a de Munique, tem uma ótima cervejaria a Augustiner am Gendarmenmarkt, que fica na Charlottenstrasse. É uma rua divertida, com vários bares e restaurantes. Também nesta rua, fomos a um outro restaurante do qual gostei bastante e recomendo o “Lutter & Wegner”, onde comi uma vitela deliciosa, com uma linda vista para as duas catedrais gêmeas idênticas, a Francesa e a Alemã.
Outra rua que descobrimos cheia de bares e restaurantes mais descontraídos foi a Oranienburgerstrasse. Na nossa última noite na cidade, trocamos a comida alemã pela indiana e posso dizer que foi uma ótima experiência - o restaurante Amrit.
Quando estávamos cansados da
comida alemã, optávamos pela italiana que sempre tem o meu voto. Fomos ao restaurante Josty, no Sony Center. O projeto do arquiteto Helmut Jahn é impressionante. Tem uma grande praça central como se fosse um picadeiro, onde costuma ter apresentações. No dia que fomos estava tendo um show de trapezistas.
A arquitetura moderna de Berlim é
digna de comentário. A Potzdamer Platz, onde fica o Sony Center é impressionante e o conjunto de edifícios do arquiteto
Renzo Piano é uma verdadeira obra de arte. O movimento por ali é intenso.
Outro grande ponto de interesse
em Berlim, que também é muito movimentado, é a Alexander Platz. Sempre cheia de
gente, lojas, prédios e barraquinhas. Fomos a uma ótima loja de departamentos
bem grande, espaçosa, daquelas que dá vontade de sair comprando - a Kaufhof.
Outra loja de departamentos que faz muito sucesso é a Ka De We. Dizem que é a segunda. em tamanho, depois da Harrod’s. Subimos até o ultimo andar, onde tomamos um café, que tem uma bela vista.
A arquitetura moderna de
Berlim foi uma das coisas que mais me impressionou na cidade. Os prédios,
principalmente os localizados na antiga Berlim oriental, ainda guardam as
fachadas relativamente antigas. Outros tem aquela cara de
prédio comunista, que parece desenho de criança quando desenha um prédio. Mas
quando a gente entra, vemos um belíssimo projeto moderno.
Um ótimo
exemplo é o projeto da Galerie Lafayete, que foi um dos que mais gostei. Um
grande cone de vidro no meio da loja, que vai do subsolo até o último andar. Muito
interessante.
Outra loja de departamentos que faz muito sucesso é a Ka De We. Dizem que é a segunda. em tamanho, depois da Harrod’s. Subimos até o ultimo andar, onde tomamos um café, que tem uma bela vista.
Outro lugar que destaco é a livraria Dussmann.
Fica num prédio relativamente antigo, mas por dentro é toda moderna em vermelho. Linda! E quantos livros! Um lugar para se ficar o dia inteiro e ainda tem uma seção de papelaria muito boa. Recomendo. Fica na Friedrichstrasse, uma ótima rua para bater perna. Gostei muito também da Fransosichistrasse (será que é bairrismo?).
Onde estávamos
hospedados, na Berlim (ex) oriental, tínhamos um excelente sistema de transporte a nossa disposição. Logo
no dia que chegamos fizemos o cartão – Berlin welcome card - que dava direito a
todos os transportes, ônibus, metrô e o bonde, este último só vi trafegando praticamente
no lado (ex) oriental. O sistema é fácil e nem precisa saber falar alemão para
entender. Aliás, não precisamos falar alemão em lugar nenhum. Todos falam inglês,
inclusive o motorista de ônibus. E outra coisa, muita, mas muita gente de bicicleta!
Outros bons passeios foi subir na
Torre de TV de onde se tem uma vista de toda a cidade, andar de barco pelo rio
Spree, o que valeu a pena principalmente pelo guia que era muito engraçado e conhecer
o Castelo da Charlotte, que tem uma arquitetura completamente diferente dos
castelos que estamos acostumados a ver aqui na França.
Fomos também, por recomendação de
alguns amigos, ao Museu Judaico. Fomos somente na parte moderna, um projeto
geométrico do arquiteto Daniel Libeskind, que lembra uma caixa.em zig-zag. Esta parte do museu é cheia
de significados. Tem corredores completamente vazios ou um jardim com 49 blocos
de concreto, onde a gente fica sem equilíbrio. E é para isso mesmo. Esta área do museu é de sensações, para que cada um sinta um pouco da história do povo judaico e dos horrores do holocausto. Foi uma visita rápida, pois quando entramos o museu
estava quase fechando.
Ficamos devendo a subida na Cúpula
do Parlamento. Foi vacilo meu. Fiz a
reserva pelo site, mas o que veio no meu e-mail, na verdade, não foi a confirmação
da reserva, mas algo como “estamos verificando se existe disponibilidade’. Não
olhei direito e me dei mal. Quando tentei reservar o restaurante para garantir
a visita, já não tinha vaga. Enfim...fica para uma próxima vez.
Fica para uma próxima também passear no bairro de São Nicolau. Vi de longe e achei uma graça.
Enfim, a cidade muito me impressionou. Achei um
exagero de obras, que deixa um ar meio confuso e os prédios altos me deixam um tanto
zonza. Muita gente na rua. Tudo o que dá uma sensação de uma grande metrópole. Muitas
lojas, muitos restaurantes, parques, bares na beira do rio mas, no fim das
contas, o que causa mais curiosidade e emoção é o muro.
Fica para uma próxima também passear no bairro de São Nicolau. Vi de longe e achei uma graça.
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