Tres curiosos em Paris
Acabamos de deixá-los no
aeroporto. (em agosto).Voltamos de ônibus (sim o Orly bus passa pertinho da Cité). Paris
ainda escura, adormecida. Meu coração partido de saudades.
Eles já dormiram prontinhos.
Levantaram cedo, às 4 da manhã. Pegaram suas mochilas e entraram conscientes e,
eu diria até animados, na van que contratamos para buscá-los. No aeroporto, sem
atropelos, fizeram direitinho o despacho das malas. Uma francesa meio
antipática no check in, apegada à burocracia, criou um certo terror na
papelada. Mas acabou dando tudo certo. Nos separamos no portão de
embarque...Acho que eles estavam até felizes de voltarem pra casa. Férias tem
dessas coisas, dá vontade de voltar pra nossa casa, nossa cama, nosso
chuveiro...
Ficamos olhando até desaparecerem
na fila da imigração.
Fomos procurar um lugar para
tomar um café, enquanto não chegava a hora de pegarmos o ônibus. Felizmente, tinha
um Paul aberto. Nada como um croissant com um café quente, para amainar uma
tristeza.
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http://www.paul.fr/fr/nos-produits/32-le-croissant.html |
Tivemos que esperar até às 6 hs
da manhã para pegarmos o ônibus de volta. Vim chorando.
Me lembrei de quando tive a
Natalie aqui em Paris e fui deixar meus pais no aeroporto, depois de ter a
companhia deles por um mês. Chorei no caminho de volta até chegar em casa.
Quando chegamos, deitamos
novamente para dormir mais um pouco. Não consegui. Ficava pensando naquelas
carinhas sonolentas dentro do avião rumo à Lisboa e depois Brasília.
O que estariam fazendo? Será que
estavam comendo os sanduíches que preparei. Sim, avó tem dessas cosias, prepara
sanduíche para viagem de avião...apesar da mãe ter pedido menu infantil na
reserva...
Este foi o final de dias
deliciosos que passamos com 3 curiosos em Paris, nossos netos, de 6, 4 e 2
anos. Os próximos textos serão para contar como foi estar com essas 3
criaturinhas que nos despertam, que nos tornam mais fortes, mais cheios de
energia.
Eu costumo dizer que os netos são
o chantilly do nosso morango. Não existe bem definição, fora a de “filhos dos
nossos filhos”. Certamente, é muito mais do que isso. Só sei que existe um
brilho nos olhos quando olham para a gente. Sei que é um amor irresponsável e incondicional. Um
amor sem medida. Sei que os avós são um porto seguro. Eles sabem disso. E sei
também que os netos são o nosso infinito, a nossa eternidade.
É uma paixão os netos! Ainda não tenho, mas dizem que vou enlouquecer quando tiver! Estou no aguardo!!!
ResponderExcluirVerdade, é de enlouquecer!
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